Arapongas - O trânsito de Arapongas (Centro-Norte), cidade de pouco mais de 100 mil habitantes, é considerado um dos mais perigosos do Paraná. As estatísticas de acidentes e mortes superam até mesmo de cidades maiores. Somente neste ano, 56 mortes foram registradas em acidentes, 19 apenas na área urbana. No ano passado, foram 17. As rodovias que cortam a região concentram o maior número de vítimas fatais: 37. As últimas ocorreram no final de semana, quando três jovens perderam a vida no trecho urbano da rodovia, a Avenida Maracanã, tem pouco mais de dez quilômetros. A maior parte é de pista simples, sem acostamento e com sinalização precária. Constantemente a população testemunha acidentes nos diversos cruzamentos da rodovia.
''Semana passada foram dois acidentes nesse cruzamento, ambos envolviam motociclistas. Policiamento não existe'', criticou o recepcionista Ronny Clei de Lima, que trabalha em um comércio na margem da rodovia. ''Aqui nesta esquina já teve um punhado, são seis mortes em dois anos. Sempre tem batida e motoqueiros caindo'', comentou o tapeceiro Donizete Miranda Gonçalves. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prometeu intensificar as fiscalizações no trecho.
Segundo o Departamento de Trânsito (Detran), Arapongas tem mais de 66 mil veículos - 19 mil são motocicletas. Muitos trafegam pela Avenida Maracanã, principal alça de ligação entre os municípios de Londrina e Apucarana.
Quem trafega pelo local cobra melhorias. ''Este trecho está péssimo. A melhor alternativa seria construir um desvio para retirar esse tráfego intenso, não há outra alternativa'', disse o caminhoneiro Vagner Oliveira. Ninguém da Prefeitura de Arapongas foi localizado para comentar o assunto. na BR-369.