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25/03/2024 às 15h09min - Atualizada em 25/03/2024 às 15h09min

Empresas maranhenses estão ganhando o mercado internacional com o apoio do Governo e ApexBrasil

Atualmente, cerca de 50 empresas da região de São Luís e Tocantina integram o programa

Da Redação
Fapema
(Foto: Divulgação)
Acessar o mercado exportador é a meta de muitas empresas, que veem neste cenário a oportunidade para diversificar seus negócios e fazer conexão com novos clientes. Por meio do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), empresas maranhenses estão sendo qualificadas para ganhar o mercado internacional e com isso aumentar o faturamento, além de gerar mais emprego e renda para a população. 

Atualmente, cerca de 50 empresas da região de São Luís e Tocantina integram o programa, resultado de parceria entre o Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que qualifica companhias com potencial de exportação. 

Neste ciclo 2023-2025, o PEIEX, que também conta com a parceria da Secretaria de Estado da Indústria e Comercio (Seinc) e Associação Comercial e Industrial de Imperatriz (ACII), desponta com negócios inovadores e pioneiros, gerando novos atrativos a este segmento no Maranhão. O programa tem aberto caminho para as empresas participarem de rodadas de negócios internacionais.

Na próxima segunda-feira, dia 1º de abril, acontecerá em São Luís grande evento da ApexBrasil, o “Diálogos Exporta Mais Brasil 2024” que busca uma aproximação ativa com todas as regiões do país para potencializar suas exportações. Durante o evento, que contará com a presença do presidente da Apex, Jorge Viana, serão apresentados cases de sucesso de empresas do Estado participantes do Programa PEIEX. 

Muitas dessas empresas, inclusive, já estão tendo a oportunidade de apresentar seus produtos em eventos internacionais, onde vários negócios são fechados. Na lista, a Gin Luar, que participou da missão internacional Brasil-Alemanha; a Coyote Couro está inscrita no Exporta Mais São Luís; no Brasil Trade Lounge Saudi Food estão inseridas a Pipoca Gourmet e Meu Café de Açaí; a Demodê, marca de roupas íntimas sustentáveis, participa da Semana de Moda de Milão; e da Rodada de Negócios Internacional da Expo Indústria estão confirmadas as polpas da Pomar Açaí Sunset, as geleias da Saluma e Sabor da Ilha e os doces amanteigados da Doce Pedaço (a empresa é ganhadora de vários prêmios por sua atuação empresarial e busca inserção no mercado Mexicano e Norte Americano). 

A expansão para o mercado de exportação pode ser uma maneira importante de impulsionar o crescimento sustentável, a médio e longo prazo, além de conhecer tecnologias externas e impulsionar marcas e produtos. “As empresas selecionadas no PEIEX têm todas estas oportunidades a seu favor, e o Governo do Estado reforça esta proposta de expansão, a fim de valorizar os produtos ou serviços e proporcionar melhores condições para competir de maneira mais eficaz em nível internacional. Dessa forma, a gestão estadual, por meio da Fapema, fomenta a pesquisa e o empreendedorismo, a geração de emprego e renda”, ressaltou o presidente da Fapema, Nordman Wall.

Para além dos desafios, como barreiras comerciais e culturais, o potencial de crescimento e expansão que a exportação oferece compensa os obstáculos. Ao entrar no mercado, os empreendimentos ganham uma série de benefícios, que podem ajudá-los a crescer, diversificar o campo de ação e torná-los mais competitivos globalmente. E é isso que os empreendedores do PEIEX buscam.

“Esse programa tem grande importância na preparação das empresas maranhenses, tornando-as apta a atuar no mercado exterior, de forma qualificada, eficiente e segura. Temos várias empresas participando de rodada de negócios internacionais, iniciando tratativas com fornecedores no ramo de alimentos e bebidas. Teremos, no Maranhão, uma rodada específica de negócios para empresas no ramo couro e curtume. Portanto, são muitas oportunidades oferecidas às empresas que integram o programa”, frisou o coordenador do PEIEX/MA, Ricardo Cruz. 

Nesta edição, o programa está capacitando 50 empresas, e tem a meta de chegar a 75.

PIPOCA GOURMETIZADA

Negócios com potencial nascem nas mais variadas situações, e, durante a pandemia, muitos despontaram das impossibilidades trazidas com a crise de saúde. O Pipocas Gourmet – Chambéry é um destes empreendimentos que tem apoio do PEIEX/MA. O diferencial atrativo é que os produtos são feitos com milho especial, sendo 80% sem caroços. 

“Durante a pandemia, busquei fazer algo e pensei em um produto escalável, que não dependesse tanto de pessoas, e sim, de máquinas. Naquele cenário não era viável a contratação de outras pessoas. E nasceu a Pipoca Gourmet”, explica a criadora da empresa, Mayara Chávez, que teve o item selecionado para ser apresentado em evento no Marrocos. 

A pipoca é feita de uma variedade de milho chamada Mushroom, encontrada principalmente no Peru, onde há mais de quatro mil tipos. Possui menos cascas, resultando numa pipoca maior, mais crocante e com um excelente rendimento - por volta de 50% de bola. Esta variedade de milho era conhecida como milho americano e plantado apenas no Canadá. Atualmente, já existe cultivo no Brasil.

Do milho, a empresária também criou snacks (alimentos rápidos, como barrinhas de cereais, biscoitos e a pipoca), que são distribuídos em hotéis. 

Os produtos já estão no mercado local e nacional, e agora, a empreendedora foca no comércio exterior. “O PEIEX tem sido excelente e me ajudado a crescer mais ainda, trazendo conhecimento e mostrando oportunidades. Minhas expectativas para atuar na exportação são as melhores”, enfatiza Mayara Chaves. 

Com o PEIEX, ela almeja a expansão da empresa, aumento da receita, reconhecimento internacional, acesso a inovações e novas tendências. A empreendedora também pontua a importância do apoio da Fapema, “que tornou possível a concretização do negócio, sendo um grande facilitador no nosso crescimento”. 

CAFÉ DE AÇAÍ

Após assistir uma reportagem sobre a produção de um café à base de açaí, Celso Valois teve a ideia de produzir algo semelhante. Foram vários testes até conseguir encontrar o ponto ideal de torra do caroço do açaí.  A partir de então, iniciou a produção, de forma artesanal e, posteriormente, formalizou o negócio – Meu Café de Açaí, da empresa Coffessaí.

“O café de açaí é mais que uma iguaria. É uma inovação tecnológica, um conceito de sustentabilidade. Pois ele, a partir do reaproveitamento do caroço do açaí, evita a contaminação do meio ambiente pelo descarte, após a extração da polpa do açaí. Aquilo que iria para o lixo, agora é limpo, higienizado, torrado e moído, até se transformar num pó de cor, aroma e sabor semelhante ao café tradicional”, explica Celso Valois.

Para Valois, o programa PEIEX foi um divisor de águas. “Por meio desse projeto, nos capacitamos para o mercado internacional e já temos visibilidade de trades que buscam nosso produto. O café de açaí é um produto novo, que ainda depende de regulação nacional. Estamos capacitados pelo programa PEIEX, com registro no Radar e um plano de exportação pronto. Já temos três países interessados no produto, aguardando as liberações sanitárias”, informou.

Por meio do PEIEX/MA, Valois apresentou o produto no Brazil Trade Lounge, evento internacional realizado em Dubai. A empresa está em tratativas para exportação, dependendo apenas de regulação interna do produto pelos órgãos de controle sanitário. O café de açaí é comercializado no mercado local, varejo e atacado, no site do produto: www.meucafedeacai.com.br.

O empresário também destacou o papel da Fapema, que “tem proporcionado para nós a oportunidade de conhecimento e crescimento empresarial, através das capacitações coletivas. Sempre que acontecem esses eventos, estamos presentes, pois sabemos que a interação e troca de ideias com os mentores somam e nos ajudam a tomar decisões e nos posicionar no mercado”, pontuou.
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