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08/03/2024 às 16h01min - Atualizada em 08/03/2024 às 16h01min

Maranhão: epicentro da violência sexual no Nordeste

No Dia Internacional da Mulher, um olhar sobre a dura realidade das mulheres maranhenses diante da violência sexual

Da Redação
(Foto: Reprodução)
No Dia Internacional da Mulher, enquanto muitos celebram conquistas e avanços, um relatório traz à tona a sombria realidade enfrentada por mulheres no Maranhão, agora considerado o estado com a maior incidência de violência sexual na região Nordeste. Segundo o boletim "Elas Vivem: liberdade de ser e viver", produzido pela Rede de Observatórios da Segurança, o Maranhão lidera o número de crimes de violência sexual, com alarmantes 40 casos registrados.

Este cenário é parte de um contexto mais amplo de violência contra mulheres no Brasil. A pesquisa, abrangendo oito estados (BA, CE, MA, PA, PE, PI, RJ, SP), revelou um aumento de 22,04% nos casos de violência contra mulheres em 2023, comparado ao ano anterior, totalizando 3.181 ocorrências. No Maranhão, especificamente, houve um aumento de 18,18%, saltando de 165 para 195 casos.

Os dados refletem não apenas números, mas histórias de mulheres que foram submetidas a formas brutais de violência. A maior parte dos ataques foi perpetrada por parceiros ou ex-parceiros, evidenciando a trágica realidade do feminicídio. No estado, foram registrados 38 feminicídios, com São Luís concentrando o maior número de vítimas.

Kassione Luz, da Rede Observatório no Maranhão, destaca a gravidade da situação e a necessidade urgente de ações efetivas para combater a violência. Apesar de iniciativas como a Patrulha Maria da Penha, os esforços atuais ainda se mostram insuficientes para proteger as mulheres maranhenses.

Em resposta, o Governo do Maranhão lançou a Operação Átria, buscando implementar medidas de prevenção e repressão ao feminicídio. Com a atuação conjunta das forças de segurança durante o mês de março, espera-se não apenas aprimorar a apuração de denúncias e atendimento às vítimas, mas também reforçar a confiança no sistema de justiça.

A violência contra mulheres é um problema complexo e multifacetado, que exige não só ação imediata, mas também uma mudança cultural profunda. O relatório "Elas Vivem" nos lembra da importância de políticas públicas baseadas em pesquisa e investigação, capazes de interromper ciclos de violência e salvar vidas. A jornalista Isabela Reis, em suas palavras no boletim, enfatiza que a luta contra o feminicídio e outras formas de violência é crucial para preservar a vida das mulheres. Neste Dia Internacional da Mulher, o chamado é para uma reflexão profunda e ação contínua, visando erradicar a violência de gênero e garantir a liberdade e segurança para todas as mulheres.
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