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09/12/2023 às 15h23min - Atualizada em 09/12/2023 às 15h30min

Segundo estudo da ONU, Brasil lidera ranking mundial de homicídios

Números revelam que o país liderou em termos absolutos o índice de homicídios, ultrapassando a marca de 45 mil casos.

Da Redação
(Foto: Divulgação)
Segundo o relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), divulgado recentemente, o Brasil ocupa o primeiro lugar no mundo em números absolutos de homicídios. No ano de 2021, o país registrou mais de 45 mil assassinatos, representando 10,4% do total global de 458 mil casos. A Índia ficou em segundo lugar com 41 mil, seguida por México (35.700), Estados Unidos (22.941) e Mianmar (15.299).

O estudo destacou que, no cenário global, mais pessoas foram vítimas de homicídios praticados por outros indivíduos do que devido a conflitos armados e terrorismo combinados, resultando em uma média de 52 vítimas por hora. O número total de assassinatos é quatro vezes maior do que a média anual de mortes em conflitos armados.

A América Latina e o Caribe, representando 27% dos homicídios globais, são as regiões com as maiores taxas de homicídios. Apesar disso, houve uma tendência de queda nas mortes violentas entre 2017 e 2021, com exceções em países como Equador, Nicarágua e Panamá. A taxa na região das Américas foi de 15 mortes a cada 100 mil habitantes.

O estudo ressaltou que a região latino-americana não apenas possui consistentemente as maiores taxas de homicídios, mas também registrou a maior proporção de casos relacionados ao crime organizado em todo o mundo em 2021.

Em termos demográficos, 81% das vítimas de homicídio são homens, embora as mulheres tenham maior probabilidade de serem mortas por parceiros ou familiares. O relatório destacou que, apesar de representarem 19% das mortes em geral, as mulheres correspondem a 54% de todos os homicídios domésticos e a 66% das vítimas de homicídio por parceiro íntimo. Além disso, 15% das vítimas eram crianças, totalizando 71.600 casos.

O relatório atribuiu o aumento excepcional da violência em 2021 às consequências econômicas da pandemia de COVID-19, especialmente ao crescimento do crime organizado e da violência sociopolítica relacionada a gangues, responsáveis por 22% dos casos em todo o mundo e 50% nas Américas.

No longo prazo, o estudo prevê que as repercussões sociais e econômicas negativas dos lockdowns, como aumento do estresse, ansiedade, desemprego ou perda de renda, impactarão as tendências de homicídios, criando um ambiente propício à criminalidade.
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