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19/04/2024 às 10h34min - Atualizada em 19/04/2024 às 10h34min

Uemasul promove "Abril Indígena" em celebração à cultura e resistência dos povos originários

Eventos visam valorizar a diversidade cultural e a importância dos povos indígenas na sociedade e na preservação ambiental.

Da Redação
Uemasul
Uemasul celebra a cultura e a resistência dos povos originários (Foto: Divulgação)
A Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul) está celebrando o "Abril Indígena", mês dedicado à valorização e reconhecimento dos povos indígenas. O evento promovido pelo Centro de Pesquisa, Arqueologia e História Timbira (CPAHT) busca ampliar a visibilidade e a compreensão sobre as mais de 300 etnias que compõem a diversidade cultural do Brasil.

Anteriormente conhecido como "Dia do Índio", o "Dia dos Povos Indígenas", celebrado em 19 de abril, substituiu a antiga denominação após a aprovação da Lei nº 14.402/2022. O objetivo é romper com estereótipos e promover reflexões sobre a história e a cultura indígena, frequentemente silenciadas ao longo dos anos.

"Abril Indígena" na Uemasul inclui uma série de atividades como minicursos, oficinas, palestras e rodas de conversa, visando fortalecer os movimentos sociais e indígenas e desconstruir preconceitos e estereótipos relacionados aos povos originários.

A chefe de divisão etnológica do museu CPAHT, Aline Guajajara, enfatiza a importância do reconhecimento da cultura indígena: "É essencial que desconstruamos a visão colonizadora ainda propagada sobre os povos originários. O 'Abril Indígena' é uma oportunidade de mostrar as lutas dos nossos povos pela valorização de seu território e cultura."

Segundo dados do Censo 2022 do IBGE, quase 90% das cidades brasileiras têm moradores indígenas, totalizando quase 1,7 milhão de pessoas em 4.832 municípios. Além disso, houve um aumento significativo de 374% de alunos autodeclarados indígenas no ensino superior no Brasil entre 2011 e 2021, conforme dados da Semesp. Na Uemasul, atualmente quatro estudantes indígenas estão matriculados no campus Imperatriz.

A programação do "Abril Indígena" também destaca a importância dos povos indígenas para a preservação do meio ambiente. "Se não cuidarmos do meio ambiente, não haverá nem sociedade indígena nem ocidental", alerta Aline Guajajara.

O evento contou com a participação de diversas lideranças indígenas, como a coordenadora regional da Funai, Edilene Krikati, que destacou o momento de protagonismo dos povos indígenas na sociedade atual. "Hoje, nós estamos na política, nos espaços públicos, nas universidades e nas escolas públicas também", afirma.

Além das atividades promovidas pela Uemasul, oficinas foram realizadas em escolas de ensino fundamental e médio para compartilhar práticas pedagógicas que promovam um ensino respeitoso sobre a cultura indígena. A programação continua até o final do mês com debates, oficinas e a exibição do documentário "Somos guardiões".

No Maranhão, estado com a terceira maior população indígena do Nordeste, conforme dados do Censo 2022 do IBGE, aproximadamente 57.214 pessoas se autodeclaram indígenas, distribuídas em cerca de 700 aldeias. As etnias presentes no estado incluem o povo Timbira, do tronco linguístico Macro-jê, e o povo do grupo linguístico Tupi, como os Guajajara, Awá-Guajá e Ka`apor.
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