Show “Na Página da História” acontece nessa Quinta-feira no Pátio Aberto, em São Luís

No próximo sábado (2), o Brasil comemora o Dia Nacional do Samba, e por aqui, a data não podia passar em branco. O show “Na Página da História” será apresentado no Pátio Aberto, do Centro Cultural Vale Maranhão, nesta quinta-feira (30), às 19h, com homenagem ao centenário de Cristóvão Colombo da Silva, o Cristóvão Alô Brasil, reconhecendo a relevância do compositor para o samba do Maranhão.

O show será comandado pelos artistas Boscotô, Vicente Melo, Raul Silva e Kaue Veloso, com músicos, Júlio Cunha, Jorge Luís, Marquinho Xaréu, Wellington Xororó, Gersinho Silva e Valdico Monteiro.

O nome do show, já realizado há 10 anos, é em referência a um trecho de um dos sambas mais conhecidos de Cristóvão, a composição “Aviso”, homenagem à Escola de Samba Turma do Quinto.

“Fazemos uma homenagem a Cristóvão, também cantando outros compositores da Madre Deus, e já passamos em vários locais com ele, já tivemos a participação de vários intérpretes. Até conseguirmos a estrutura para fazê-lo, a gente sempre teve apoio das secretarias de cultura estadual e municipal. Porém, no ano passado, justo no centenário dele, não tivemos o apoio para fazer esse show. Mas este ano, fomos contemplados com o edital da Vale e estamos com a oportunidade de celebrar Cristóvão. A ideia é estruturarmos mais, recebermos mais apoio das instituições públicas, trazer novos compositores, mas é muito difícil apoio à produção local”, disse Boscotô.

No repertório, composições de artistas madredivinos, além do próprio Cristóvão Alô Brasil: “Aviso”, “Bate Certo”, “Nega Joana”, “Ceprama”, “Sambistas da Vila”, dentre outras estão no repertório. Composições de Zé Pivô, Henrique Sapo, Luís Bulcão, Luís de França e Caboquinho também farão parte do show.

Alô Brasil

Do bairro da Madre Deus, Cristóvão Colombo da Silva nasceu no dia 12 de outubro de 1922. O nome foi devido ao Descobrimento da América e em homenagem ao navegador genovês. Ao longo do tempo se codinominou “Alô Brasil”. Por volta de 1941, Cristóvão começa a firmar-se como principal “puxador” e compositor do bloco Fuzileiros da Fuzarca. Em seguida transfere-se para a Turma do Quinto.

Compositor e sambista, integrou, em 1986, o Projeto Pixinguinha e naquele mesmo ano, gravou com Antônio Vieira, Lopes Bogéa e Agostinho Reis o disco Velhos Moleques. Em 1999 gravou o CD Alô Brasil, com a participação de vários intérpretes maranhenses. Faleceu há 24 anos.