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26/02/2024 às 11h26min - Atualizada em 26/02/2024 às 11h26min

Pesquisa financiada pela Fapema revela alternativa promissora no combate ao mosquito da dengue

Estudo desenvolvido no Maranhão propõe uso de óleos essenciais como solução eficaz e econômica contra o Aedes aegypti

Da Redação
Fapema
Substância alternativa para combate ao mosquito da dengue é encontrada em pesquisa (Foto: Divulgação)
O compromisso do Governo do Estado do Maranhão em impulsionar pesquisas para combater as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, Chikungunya e Zika, tem alcançado resultados significativos. Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), um recente estudo liderado pela graduanda em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Thaylanna Pinto de Lima, revelou uma potencial substância alternativa para o controle dessas arboviroses.

A pesquisa, intitulada 'Avaliação da atividade ovicida, larvicida e adulticida frente Aedes aegypti de formulações bioativas dos óleos essenciais de Alpinia zerumbet, Dysphania ambrosioides e Syzygium aromaticum', foi realizada no Laboratório de Pesquisa e Aplicação de Óleos Essenciais (LOEPAV-UFMA). Thaylanna analisou a eficácia do uso de óleos essenciais extraídos de plantas populares, como jardineira, cravo-da-Índia e mastruz, no controle dos ciclos de evolução do mosquito.

Nordman Wall, presidente da Fapema, destaca a relevância dessas pesquisas no âmbito da saúde pública estadual e nacional. "O combate às arboviroses é uma prioridade não só para o Governo do Estado, mas para o país. A Fapema tem a missão de incentivar a produção de conhecimento científico, e investir em estudos que contribuam para o enfrentamento dessas doenças é uma estratégia para ações de controle destes casos, com reflexo na melhoria da qualidade de vida da população”, pontuou.

Os óleos essenciais, transformados em formulações bioativas na forma de nanoemulsão, foram testados em mosquitos nas fases de ovo, larva e adulto. Os resultados obtidos indicaram a eficiência da atuação da bioformulação incorporada com óleo essencial de A. zerumbet, D. ambrosioides e S. aromaticum, tornando-se uma alternativa viável para o combate ao Aedes aegypti.

A pesquisa identificou compostos químicos nos óleos essenciais, como eugenol, α-terpineno e p-cimeno, que garantiram o potencial esperado contra o Aedes aegypti. As nanoemulsões mostraram estabilidade por 90 dias, e os ensaios ovicidas, larvicidas e adulticidas apresentaram concentrações letais eficazes.

Thaylanna de Lima enfatizou a importância do apoio da Fapema para a conclusão do estudo. "A Fundação proporcionou os recursos necessários para a realização da pesquisa e manutenção das análises, durante todo o período de vigência do estudo. Com o suporte da Fapema, conseguimos desenvolver o tema e contribuir para o conhecimento de métodos mais acessíveis e de baixo custo, permitindo um diagnóstico e tratamento mais eficiente e somando com as ações de saúde pública", frisou.

O presidente da Fapema, Nordman Wall, destacou que o apoio evidencia o compromisso dos pesquisadores e a eficácia do suporte governamental na promoção de avanços no enfrentamento dessas arboviroses. O próximo passo será a aplicação, em larga escala, das bioformulações produzidas, visando contribuir significativamente para a redução dos casos de Dengue, Zika, Febre Amarela e Chikungunya em todo o território nacional.
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