Dirigentes de algumas das principais federações do futebol sul-americano, se mostraram surpresos com a decisão da Conmebol de impedir clubes das divisões de acesso de seus países de disputar a Libertadores ou a Copa Sul-Americana.
Algumas até demonstraram certa insatisfação publicamente. A Associação do Futebol Argentino (AFA), que será atingida diretamente se o rebaixado Tigre vencer a Superliga Argentina, manifestou preocupação com mudança em carta enviada à Conmebol nesta terça-feira (21).
A AFA se preocupa especificamente com a situação do Tigre, que, apesar de rebaixado, venceu por 5 a 0 o Atlético Tucumán no jogo de ida e está muito perto da decisão da Copa da Superliga Argentina. O torneio, tal como a Copa do Brasil, reserva ao vencedor uma vaga na Libertadores.
Diante da possibilidade de ter um campeão e não poder conceder a vaga na Libertadores, como prevê o regulamento, a Superliga Argentina também se manifestou diante da polêmica.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira (21), a Conmebol publicou as exigências para os clubes disputarem a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana em 2020. E uma delas causou forte reação no Brasil.
"[o clube] deve estar disputando o torneio nacional de sua Associação Membro na divisão principal da competição em 2020 (ou seja, não haver descendido de divisão no torneio nacional."
A diretoria de competições de clubes da Conmebol também confirmou que só poderá jogar a Libertadores e a Sul-Americana quem estiver na Série A em 2020. A Conmebol informou também que vai incluir a exigência nos regulamentos da Libertadores e da Copa Sul-Americana.