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10/07/2017 às 14h49min - Atualizada em 10/07/2017 às 14h49min

BREJO: Pesquisa identifica nova espécie de fóssil no Maranhão

A pesquisa de Rafael Lindoso foi sobre a biota da Formação Codó, unidade estratigráfica da Bacia do Parnaíba, no município de Brejo, nordeste do Maranhão.

Um estudo desenvolvido pelo professor Rafael Lindoso, do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) Campus Zé Doca, identificou uma nova espécie de fóssil de um crustáceo marinho. O professor e uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) batizaram essa nova espécie de Codoisopus brejensis, em razão de o fóssil ter sido encontrado na região de Brejo, a 315 km de São Luís.

A pesquisa de Rafael Lindoso foi sobre a biota da Formação Codó, unidade estratigráfica da Bacia do Parnaíba, no município de Brejo, nordeste do Maranhão. A Estratigrafia é o ramo da Geologia que estuda os estratos ou camadas de rochas, buscando determinar os processos e eventos que as formaram. “A pesquisa envolveu o estudo de plantas e animais de um antigo lago existente no município de Brejo há pelo menos 110 milhões de anos, durante um período geológico conhecido como Cretáceo inicial. A pesquisa desenvolveu-se principalmente a nível de análises comparativas com espécimes depositadas em outras coleções científicas, tais como o American Museum of Natural History (Museu Americano de História Natural), em Nova Iorque – Estados Unidos, onde realizei parte da pesquisa”.

Paleontologia e Geologia no Maranhão

De acordo com o professor, os resultados do trabalho possibilitaram ampliar o conhecimento sobre os fósseis maranhenses com idade estimada em 110 milhões de anos. Embora o período Cretáceo seja bastante estudado no mundo, há poucos trabalhos sobre esse período em rochas sedimentares no Maranhão, principalmente envolvendo fósseis.

Codoisopus brejensis: fóssil de crustáceo marinho foi identificado no município de Brejo

A espécie Codoisopus brejensis representa a terceira identificada para todo o Cretáceo do Brasil. No município de Brejo, foram encontrados também peixes primitivos conhecidos como holósteos, antes documentados apenas na Bacia do Araripe, no Ceará, e em rochas sedimentares na África que datam do mesmo período. As primeiras plantas com flores, as angiospermas, extremamente raras nessa fase da história geológica da Terra, foram também identificadas no município.

Rafael explica que a Paleontologia e a Geologia são ciências “irmãs”, visto que caminham juntas na tentativa de decifrar a história da Terra. “A mais importante contribuição desta pesquisa para a Geologia foi a identificação de padrões na distribuição da antiga biota de Brejo (paleobiogeografia) durante o Cretáceo inicial, fase em que a América do Sul encontrava-se em franca separação da África há 110 milhões de anos”, aponta o professor. Esses estudos permitem sugerir que o antigo lago de Brejo sofria frequentes inundações marinhas, que conectavam ecossistemas aquáticos existentes entre o norte da América do Sul e norte africano.

 

Informações | IFMA

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