A ex-presidente Dilma Rousseff entrou para a lista das mulheres do ano organizada pelo jornal britânico Financial Times.
A petista foi acompanhada no rol pela candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, pela primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, pela cantora Beyoncé, pela presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye (que enfrenta um escândalo de corrupção em seu país), e também pela ginasta Simone Biles, entre outras.
Foto:Agência Brasil
Para o periódico, Dilma deu uma extensa entrevista onde afirma que uma mulher com autoridade é considerada “dura, seca e insensível”, enquanto um homem de mesma posição é visto como “forte, firme e encantador”.
Manifestando sua indignação diante do governo que a substituiu, a ex-presidente disse que a atual gestão do peemedebista Michel Temer é um governo “de velhos brancos e ricos” e citou casos de corrupção que atingem tanto o presidente quanto os seus aliados mais próximos.
Na entrevista, Dilma voltou a dizer que seu impeachment foi político - um golpe, enquanto o jornal lembrou sua popularidade entre os mais pobres. “A oligarquia tradicional brasileira ficou chateada com essa pequena distribuição de riqueza”, pontuou.
A petista aproveitou para criticar uma das principais cartas na manga de Temer para a crise que o Brasil passa: a PEC do Teto, que congelará os gastos públicos por 20 anos. “Durante uma recessão, uma política de austeridade como essa é suicídio”, definiu Dilma.
Sobre o futuro, a mandatária afastada afirmou que não pretende mais se candidatar à cargos políticos, mas quer continuar ativa na política.
Por fim, Dilma afirmou que gostaria de ter deixado um legado de presidência bem sucedida, ao invés de um impeachment, para as mulheres de sua geração. “De qualquer forma, deixo um legado para elas. Sempre digo que nós [mulheres] não somos de desistir, mas de nos esforçamos mais ainda diante das adversidades.”
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