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02/04/2015 às 08h19min - Atualizada em 02/04/2015 às 08h19min

Entenda o que é a depressão pós-parto

Fusun, personagem de Yonca Cevher Yenel, sofre da doença

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Quem acompanha a novela Mil e Uma Noites sabe que a personagem Fusun não gostou nada de saber que teria mais uma filha menina. Seu sonho era ter um filho para ser neto de Burhan e, assim, herdar todo o império da família Eviliyaoglu. 

No entanto, ao dar a luz à pequena Burcin, Fusun acabou entrando em depressão pós-parto. A psicóloga e psicanalista Cynthia Boscovich conta que essa doença chega a ser diagnosticada em até 20% das mães. 

"Primeiro, é preciso fazer um diagnóstico de pressão pós-parto. Quase 80% das mulheres sofrem, na verdade, de tristeza materna, enquanto a depressão pós-parto atinge de 10% a 20% dos casos. A tristeza materna e a depressão pós-parto têm sintomas muito semelhantes: insônia, impaciência, agitação e, é claro, certa tristeza. No caso da tristeza materna, é uma situação que dura até um mês depois do nascimento do bebê, que regride naturalmente. É como se fosse uma resposta ao novo, à mudança no ambiente", explica. 

"Para ser caracterizada como depressão pós-parto precisa de mais tempo, no mínimo de 30 dias. A pessoa sente uma tristeza, reduz o próprio ritmo, uma espécie de cansaço constante e um desânimo que persiste diariamente", diferencia. "Por isso é muito importante que seja feito o diagnóstico correto. Como depressão pós-parto, existe uma sintomatologia muito específica, que pode se manter por um longo período de tempo", completa. 

De acordo com a psicóloga, o tratamento da depressão pós-parto pode ser feito através da psicoterapia. "Costuma ajudar bastante. Na maioria dos casos, a paciente consegue ser tratada somente com isso. Em alguns casos, a psicoterapia pode ser acompanhada com um conjunto de medicamentos. É muito importante a mãe conseguir lidar com essa tristeza, entrar em contato real com essa depressão. Saber o que essa criança está modificando em sua vida", explica. 

Para Cynthia, a família também pode ajudar nesse momento de dificuldades. "A família pode participar nos cuidados com o bebê e incentivar a pessoa a buscar o tratamento correto. Porque, se ela não buscar o tratamento, ela pode piorar. Pode não ser apenas uma depressão pós-parto, pode ser uma psicose puerperal, que atinge menos de 1% das mulheres. Nesse caso, correm risco o bebê e a mamãe", relata. 

Por fim, a psiquiatra volta a reafirmar a importância de um diagnóstico correto. "Tristeza materna faz parte da vida. Se a pessoa perde um ente querido no período depois da gravidez, não podemos caracterizar como depressão pós-parto. Hoje em dia, qualquer dificuldade ou tristeza vira depressão. Então, eu friso a importância de um bom diagnóstico. Se persistirem os sintomas por mais de um mês, aí se pode falar de uma pressão pós-parto, que precisa de tratamento", finaliza Cynthia.

 

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