O Congresso Nacional manteve o veto da presidente Dilma Rousseff (PT) ao reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda. A decisão é resultado de um acordo acertado com o governo, que propôs reajuste escalonado (varia de acordo com a faixa de alíquota em que o contribuinte se encaixa).
Ainda assim a maioria dos deputados votou contra o veto: foram 239 votos contra 208 a favor. Para que o texto passasse para análise no Senado, no entanto, eram necessários ao menos 257 votos contrários na Câmara. Ou seja, o veto só seria derrubado se a maioria absoluta dos deputados votasse contra e, no Senado, recebesse ao menos 41 votos.
O Congresso manteve outros oito vetos da presidente Dilma. A maioria sobre propostas que reduzem tributos e ampliam direitos trabalhalistas. Segundo o governo, são projetos que gerariam despesa e por isso não poderiam ser levados adiante em um período de crise.
De todos os vetos votados na noite dessa quarta-feira, a Câmara conseguiu derrubar um único relacionado ao setor de energia elétrica. Foram 310 votos de deputados pela derrubada contra 154 a favor do veto. Com isso, a matéria foi levada à votação no Senado, mas apenas 39 senadores votaram pela queda de veto. Para que fosse de fato derrubado, no entanto, precisaria de no mínimo 41 votos.
A proposta orçamentária, que também seria votada na noite dessa quarta, foi adiada para a terça-feira da semana que vem.