O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deixou a sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo no início da tarde desta quinta-feira (5).
Ele prestou depoimento a respeito das investigações de doações solicitadas por ele a suspeitos de operar remessas para pagamento de propina, envolvendo a diretoria de Serviços da Petrobras. Além dele, prestaram depoimento outras duas pessoas – uma delas o empresário Milton Pascowitch.
Vaccari Neto saiu de táxi sem dar declarações à imprensa.
O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, nega que o governo esteja constrangido com o fato de o tesoureiro do PT ter sido levado para prestar depoimento na nona fase da Operação Lava Jato. Em Brasília, ele afirmou que cabe ao partido tomar as atitudes necessárias. Segundo Pepe Vargas, no entanto, é preciso aguardar os desdobramentos do episódio.
26 empresas são investigadas na 9ª fase
A nova fase da operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta quinta-feira, investiga 26 empresas supostamente ligadas ao esquema de pagamento de propina e lavagem de dinheiro na Petrobras. De acordo com a Polícia Federal, há ainda mais um fato novo nas investigações: a fraude também acontecia da BR Distribuidora.
Empresas de Santa Catarina, que têm contrato com a BR Distribuidora, estariam envolvidos no esquema. A principal delas seria a Arxo, fabricante de caminhões-tanque com sede em Piçarras, no litoral norte do Estado. De acordo com a Polícia Federal, dois executivos, um diretor e um sócio, foram presos em regime temporário e serão encaminhados para a superintendência da PF em Curitiba. Um outro sócio, que também teve a prisão decretada, está nos Estados Unidos e deve retornar ao Brasil no fim do