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01/02/2015 às 11h30min - Atualizada em 01/02/2015 às 11h30min

Anderson Silva ignora provocações e vence Diaz

Após fratura e 13 meses de espera, brasileiro supera desconfiança, derrota americano fanfarrão e volta ao caminho do título. Isso se não decidir se aposentar

esporte.band.uol.com.br

Cerca de 13 meses após fraturar a perna e ver as chances de retomar o cinturão do UFC serem frustradas contra Chris Weidman, Anderson Silva voltou ao octógono no mesmo MGM Grand para exorcizar antigos fantasmas e anunciar ao mundo que ele estava de volta na madrugada deste domingo, pelo horário do Brasil. Em uma luta de cinco rounds, o brasileiro venceu o americano Nick Diaz, por decisão unânime dos juízes, e se recolocou no caminho do título dos médios. Foi a 17ª vitória em 19 combates no UFC.

Mas depois de superar uma longa recuperação, quando teve que passar por uma cirurgia para a colocação de uma haste metálica na perna, tudo que Anderson parece pensar é no presente. Após o esperado anúncio da vitória, Spider se jogou ao chão e chorou copiosamente, sendo erguido por Diaz - o mesmo adversário que, minutos antes, proporcionava um "show" de provocações.

O americano teve alguma chance somente no quarto round. Mas em todos ele Anderson teve pleno domínio e não teve a vitória ameaçada. Concentrado, não se deixou levar pelas estripulias de Diaz, que chegou até a deitar no chão, dar as costas para o brasileiro e fazer polichinelos, além de passou boa parte do tempo chamando Spider para o confronto.

O show não surtiu efeito, e Anderson garantiu sua primeira vitória por pontos desde 2010, quando bateu Demian Maia. Curiosamente, na ocasião, o responsável pelas provocações foi justamente Anderson. Agora, mais centrado, o brasileiro, prestes a completar 40 anos, preferiu uma luta segura, com poucos golpes mais plásticos, mas sem medo de golpear usando a perna fraturada. O suficiente para voltar ao trabalho, mesmo que já pense em parar.

"Obrigado, Deus, por mais uma chance. Esse momento é muito importante para toda minha família, para todos os brasileiros. e para mim, por conta de tudo que sofri. Achei que não voltaria a lutar", disse Anderson, que ainda agradeceu aos chefões do UFC, Lorenzo Fertita e Dana White, e ao médico Márcio Tannure, que o operou.

O futuro de Anderson nos octógono ainda é incerto. E o tempo não joga a favor. Mais perto da aposentadoria, Spider terá que esperar muito para voltar a lutar pelo cinturão. Isso porque o atual campeão, Weidman, machucou-se e teve a luta contra o brasileiro Vitor Belfort adiada. Belfort recusou a proposta de fazer uma luta com Lyoto Machida pelo cinturão interino, e já avisou que espera o quanto for preciso para encarar o campeão.

Enquanto isso, Anderson terá que esperar pelo vencedor do combate, ainda sem data, para saber se a luta para retomar o título será uma revanche contra Weidman ou um épico reencontro com Belfort.

"Vou voltar para casa, para meus filhos. Talvez eu volte", declarou, sem garantir se vai mesmo esperar por uma provável última disputa de cinturão. Pelos gritos dos brasileiros no MGM, Spider não deve parar tão cedo.

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