Um homem confessou, na manhã desta quarta-feira, ter assassinado seis pessoas para uma possível libertação de seus pecados. Jonathan Lopes de Santana, de 23 anos, afirmou para a polícia, em depoimento, que tinha preferência em matar moradores de rua e drogados, porque não pagam IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
O criminoso foi preso após a denúncia de um vigia que o avistou com a roupa toda ensanguentada dirigindo um carro. Na denúncia, o homem passou a placa do veículo conduzido, que foi localizado pelos policiais.
Quando os militares chegaram, Santana tentou esconder o machado e a faca, as possíveis armas usadas nos crimes. Mas os objetos foram recolhidos e levados para perícia. Ao todo sete pessoas foram atacadas pelo criminoso. Seis estão mortas e uma, internada.
A primeira foi uma mulher, dependente química. Ela foi morta a facadas no último sábado (29) em Braz Cubas. O segundo ataque ocorreu às 23h45 de segunda-feira (1º), contra dois moradores de rua que dormiam na Avenida Francisco Rodrigues Filho, em frente ao Supermercado Maktub, no bairro Mogilar, em Mogi das Cruzes. O suspeito foi até o local e esfaqueou as vítimas na região da face, em seguida, ateou fogo nos corpos. Um deles não resistiu e morreu no local. O outro, de 29 anos, segue internado em estado grave no Hospital Luzia de Pinho Melo.
No terceiro ataque, ocorrido na cidade de Poá, terça-feira (2), a vítima, que estava na linha férrea usando drogas, foi decapitada com golpes de machado.
O quarto ataque ocorreu no fim da madrugada desta quarta-feira (3) entre a Avenida Francisco Rodrigues Filho e na Rua Maestro Antônio Mármora Filho, onde três pessoas foram decapitadas. Um era o morador de rua; outra estava fazendo exercícios na rua e a última vítima era funcionária de uma metalúrgica.
Segundo o assassino, uma mensagem demoníaca motivou os crime
Depois das decapitações, Santana fugiu. De acordo com o que ele disse ao delegado seccional, a motivação das mortes seria uma mensagem demoníaca.
Santana tem, em seu braço, o desenho de um machado, feito com uma agulha, e o número 31. Segundo a polícia, o numeral pode significar a quantidade de vítimas que o detido pretendia matar.
O rapaz foi levado à Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes, na Vila Rubens, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante pelos assassinatos e presta depoimento.