Os adeptos do turismo de aventura têm razões para comemorar. Três normas técnicas que garantem mais segurança e informação ao viajante, além de uma linguagem técnica unificada comum aos profissionais ligados ao setor, estão sob consulta pública e devem entrar em vigor até o fim deste ano.
Elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o texto se baseia em normas e certificações internacionais - e tem por objetivo garantir uma experiência de aventura segura ao turista e um acesso detalhado às informações do passeio. Entre as medidas, destacam-se a adoção de um plano detalhado para lidar com imprevistos, o que foi chamado de gestão da segurança. As empresas também deverão informar detalhadamente ao viajante os cuidados que devem tomar antes, durante e depois do passeio; como necessidade de vacinação, a descrição do local onde ocorre as atividades, se haverá riscos, equipamentos requeridos e a alimentação oferecida, por exemplo. O prazo de votação das normas de gestão da segurança e acesso à informação vai até 20 de outubro.
De acordo com Leonardo Persi, da Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA), é essencial que os prestadores de serviço saibam lidar com imprevistos e mantenham um plano de emergência para socorro, especialmente em roteiros que envolvam a natureza e sejam de difícil acesso.
Uma terceira norma tem por objetivo unificar os termos usados pelas empresas de modo que a troca de informações seja mais proveitosa e sigam terminologias para serem reconhecidas internacionalmente. Esta norma segue com prazo até 16 de novembro.
Certificação
Desde 2010, com a Lei Geral do Turismo em vigor, a adoção dessas medidas se tornou obrigatória. Agências e operadoras de turismo que quiserem ter um diferencial no mercado podem buscar a certificação por meio de empresas, autorizadas pelo Inmetro, que avaliam a implementação das normas no estabelecimento. O Ministério do Turismo apoia a certificação em Turismo de Aventura. Desde 2004, em parceria com o Sebrae Nacional e entidades representativas do setor, como a Abeta, o Ministério participa da Comissão de Estudo para Normas Técnicas Brasileiras visando a implementação do Sistema Brasileiro de Certificação em Turismo de Aventura.
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