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05/10/2014 às 11h46min - Atualizada em 05/10/2014 às 11h46min

Lavareda: cenário de indefinição lembra 1989

Cientista político também avalia o impacto da campanha eleitoral que se encerrou na última quinta-feira

- noticias@band.com.br

É chegado o dia do primeiro turno das Eleições de 2014 e, para Antonio Lavareda, cientista político Antônio Lavareda, o atual cenário de indefinição pelo segundo lugar na corrida presidencial – entre Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSB) lembra a disputa de 1989, à época envolvendo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Leonel Brizola (PDT).

 

Em entrevista à BandNews FM, Lavareda também avalia o impacto da campanha eleitoral que se encerrou na última quinta-feira, bem como a expectativa dele com relação à participação dos brasileiros na pleito deste domingo. Confira abaixo:

 

“Eleitor está mais reticente”

 

“Nessa campanha eleitoral cheia de surpresas, talvez a mais surpreendente desde a redemocratização, o eleitor talvez tenha ficado mais reticente nesse processo que, antes de ter sido iniciado com a campanha de TV e rádio, ficou marcado pela tragédia da morte precoce de um dos principais candidatos, que era o Eduardo Campos”

 

“Cenário é de bastante indefinição”

 

“O Eduardo morreu faltando quatro ou cinco dias para o início da campanha de TV e rádio, e a sua morte colocou praticamente de ‘ponta cabeça’ o quadro e as perspectivas, os prognósticos que se delineavam naquele momento. Desde então, nós tivemos uma provável vitória assegurada de um dos candidatos, depois ascenderam outros nomes. Sorte que nós chegamos nesse dia de Eleição em um cenário de bastante indefinição com relação à segunda colocação”

 

“Só é comparável ao que estamos assistindo hoje ao que ocorreu 1989, quando a segunda colocação foi alvo de uma disputa acirrada entre os candidatos Brizola e Lula naquele pleito. Mesmo em 2002 também houve uma aproximação entre segundo e terceiro colocados e uma inversão entre o segundo incialmente, que era o Ciro Gomes, e terminou como quarto na disputa. Em 2014 o cenário é mais parecido com o de 1989”.

 

Corrida mais acirrada desde a redemocratização?

 

“Todas as possibilidades praticamente estão em aberto, é muito difícil fazer prognósticos conclusivos. As intenções de votos, mesmo aquelas de vésperas de eleição, nem todas elas se confirmam nas urnas, porque cresce muito o número de eleitores que se abstém, não votam, não participam do processo. Quando você soma esses eleitores, muda bastante o desempenho das candidaturas. Em 2010, 25,5% dos eleitores ou se abstiveram ou votaram em branco ou nulo. Praticamente um em cada quatro brasileiros não participou da escolha do candidato daquele ano”.

 

Participação dos brasileiros no pleito

 

“Você tem, entre as candidaturas, alguns nomes muito identificados com os sentimentos que se expressaram nas ruas em meados do ano passados. Você tem candidatos de pequenos partidos com candidaturas não competitivas, mas que tem uma certa sintonia com esse movimentos. Você tem candidatos mais expressivos que também mantém uma certa sintonia. Não temos elementos que nos leve a supor que haja uma expansão dramática da abstenção”. 


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