Durante uma semana de operação, quarenta pessoas foram presas e 102kg de cocaína, 40kg de maconha, armas, carros e arquivos de contabilidade foram apreendidos.
Marcos Herbas Camacho, o Marcola, Fabiano Alves de Souza, o Paca, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue e Edilson Borges Nogueira, o Birosca, são os nomes que comandam o tráfico, o maior negócio do PCC.
O centro de comando do crime organizado funciona no presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, e a contabilidade é rígida: até para transportar as drogas são emitidos recibos, em códigos. Maconha, cocaína, crack e lança perfume são identificados como marcas de diferentes cervejas.
Em uma carta apreendida, um integrante da quadrilha envia um relatório da rotina do crime. Ele informa, inclusive, que precisa pagar um pedreiro para fazer a toca, como é conhecido o esconderijo das drogas.
Além do controle financeiro, o crime organizado passou ter uma estreita relação com agentes de segurança corruptos. Conversas e trocas de mensagens flagradas pela investigação mostram que, para evitar prisões e apreensões de drogas, os bandidos estariam pagando uma mesada para policiais. Até integrantes da tropa de elite da PM foram flagrados em negociações com o PCC.
O esquema foi denunciado pela Band em várias reportagens exclusivas nos últimos dois anos. A Secretaria de Segurança Pública afirmou que só vai se pronunciar a respeito das denúncias contra os policiais envolvidos na terça-feira (15).