O Dia Nacional da Asma acontece no próximo sábado, 21 de junho. O intuito é chamar a atenção para o tratamento e controle da doença que acomete cerca de 300 milhões de pessoas no mundo. A data coincide com a chegada do inverno, período que agrava ainda mais os sintomas por conta do frio e a permanência prolongada em ambientes fechados.
Atualmente, a Asma é considerada uma questão de saúde pública pelas instituições governamentais. No Brasil, acomete cerca de 10% da população, sendo responsável por uma média de 350 mil internações por ano. Oscila entre a 3ª ou 4ª causa de hospitalização pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e representa 10% das mortes por doenças respiratórias.
A Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, de caráter hereditário e geralmente de origem alérgica, que pode ser desencadeada por substâncias a que o paciente apresenta alergia e que são chamadas de alérgenos.
Segundo a Dra. Daniela Carlini, gerente médica da Chiesi farmacêutica, empresa que se dedica à pesquisa e desenvolvimento de medicamentos para tratamento de doenças respiratórias como Asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), a investigação e o tratamento da Asma exigem uma avaliação cuidadosa dos sintomas, da sua evolução, dos antecedentes pessoais, do histórico familiar e dos achados físicos.
“A asma se manifesta de diversas formas em diferentes pessoas, por isso o tratamento deve ser claro, objetivo e individualizado, envolvendo não apenas o paciente, mas também seus familiares. Além disso, todos os envolvidos devem aprender a identificar os fatores agravantes para a Asma especialmente dentro do ambiente domiciliar e de trabalho”, afirma Carlini.
Sintomas
A asma acomete pessoas de ambos os sexos e em todas as fases de suas vidas. Os sintomas da asma na criança, assim como no adulto, são recorrentes.
Os principais sinais de alerta:
- Tosse crônica;
- Sibilância (chiado no peito);
- Sensação de aperto ou dor no peito;
- Falta de ar;
A piora dos sintomas à noite ou no inicio da manhã e a melhora espontânea ou após o uso de medicações específicas para Asma também podem ser um indicativo.
Estes sintomas aparecem em diferentes circunstâncias e intensidades e, em geral, estão relacionados com:
- Mudanças de temperatura;
- Infecções respiratórias;
- Contatos com substâncias irritantes como fumaças, odores fortes, ácaros, fungos, pólens, pelos, saliva de animais, poeira;
- Medicamentos como acido acetil salicílico e anti-inflamatórios não-hormonais;
- Exercícios físicos;
- Alterações emocionais;
Diagnóstico
O diagnóstico deve ser realizado por um médico que verificará os sintomas e sinais no paciente e complementará a avaliação com exames específicos.
Como prevenir a asma
- Casa bem ventilada e fácil de limpar;
- Limpeza diária com pano úmido e aspirador,
- Não usar vassouras, pois apenas espalham a poeira fina;
- Evitar tapetes, carpetes, cortinas, almofadas, estantes com livros;
- Colchões e travesseiros forrados com material impermeável, lavado periodicamente;
- Evitar fumaça do cigarro. Asmáticos não devem fumar, nem mesmo seus familiares;
- Evitar o uso de medicações, alimentos e aditivos que causem desencadeamento de crises;
- Animais fora de casa ou, no mínimo, fora dos quartos de dormir;
- Uso de desinfetantes que reduzem a proliferação de ácaros;
- Evitar o surgimento de baratas, pois estão relacionadas à alergia;
- Redução de umidade e infiltrações.
Tratamento
Embora não exista cura para a Asma, há tratamentos efetivos que controlam a doença e possibilitam ao paciente asmático levar uma vida perfeitamente normal. O manejo adequado baseado na parceria médico-paciente pode resultar em controle da doença. O uso adequado de medicamentos voltados para o controle do quadro e a diminuição do número de crises é crucial para manter o paciente dentro de suas atividades diárias e normais.
Os pacientes asmáticos hoje no Brasil têm a possibilidade de realizar tratamento medicamentoso gratuito com o programa denominado “Saúde Não Tem Preço”. Esse programa tem o objetivo de disponibilizar medicamentos indicados para o tratamento da asma nas farmácias e drogarias credenciadas no Programa “Aqui Tem Farmácia Popular”.
Para a aquisição do medicamento por meio do programa citado, o paciente ou o responsável legal, devem ir a uma farmácia credenciada pelo programa com:
- receita médica datada, que contenha a prescrição do medicamento atendido pelo programa; - o nome do paciente;
- portando o CPF do mesmo ou do responsável.