A Secretaria de Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap) por meio da Secretaria Adjunta de Justiça deu início, nesta segunda-feira (13), ao ciclo de formação para profissionais da área de saúde e de assistência social e psicológica atuarem no aconselhamento e prevenção de DST-Aids e hepatites virais nas unidades prisionais. Participaram da capacitação 15 profissionais dos Núcleos Biopsicossial e, ainda, enfermeiros das unidades da Região Metropolitana. O primeiro encontro ocorre na Escola de Gestão Penitenciária (Egepen).
Segundo a coordenação do Departamento DST-Aids, Hepatite Viral e Drogas, da Sejap, em cada encontro será abordada uma temática relacionada à questão de saúde dentro das unidades prisionais. No primeiro dia foram debatidos os procedimentos, a importância do correto atendimento e da prevenção de DST-Aids. Além deste, ocorrerão outras cinco reuniões.
“Pensamos em encontros nos quais os profissionais poderão atualizar seus conhecimentos, além de ser um espaço voltado também para a troca de experiências. Nossas ações são voltadas para o trabalho com foco no cidadão e sempre em acordo com a política do Ministério da Saúde”, pontuou Airton Ferreira, coordenador do Departamento DST-Aids, Hepatite Viral e Drogas da Sejap.
Após a conclusão do ciclo de formação cada profissional retornará à sua unidade de lotação e desenvolverá ações de multiplicação, colocando em prática o que foi ensinado na capacitação. Entre as atividades, as equipes multidisciplinares dos núcleos realizam reuniões nas quais são abordados temas como intervenção comportamental e a importância e o uso da camisinha como forma de prevenção de todas as DST. Durante as ações nas unidades é oferecido o teste rápido.
“Tais atividades já fazem parte da rotina dos presídios. Precisamos, a partir de agora. aumentar as ações e focar ainda mais na prevenção. Cabe lembrar que ao ser diagnosticado com o vírus, o interno tem um acompanhamento adequado com um médico infectologista do Núcleo de Saúde, que faz uma avaliação da carga viral e, posteriormente, receita a medicação inicial para o interno. Além disso, o retorno ao médico é feito dentro do que determina o Ministério da Saúde. É o mesmo tipo de tratamento para quem está fora do cárcere,” completou o coordenador do Departamento DST-Aids, Hepatite Viral e Drogas da Sejap.
Abordagens
No primeiro ciclo de debates a socióloga Ana Luiza Borges, do Centro de Testagem e Aconselhamento DST-Aids do município, explicou a importância do aconselhamento e da necessidade da desconstrução de estigmas que são dados aos portadores destas doenças.
“Temos aqui um encontro de fundamental importância, uma vez que é necessário que o profissional saiba lidar com este agravo DST/Aids e Hepatites dentro do contexto prisional. O interno também direito a ter acesso a saúde com qualidade”, mencionou a facilitadora do debate.
Ainda segundo ela, as ações desenvolvidas pela Sejap tem sido primordiais na efetivação das políticas nacional de prevenção de doenças virais e sexualmente transmissíveis dentro das unidades prisionais. “O programa de DST-Aids, instituído dentro do presídio, já vem atendendo essa necessidade,” avaliou a facilitadora.
Um novo encontro acontecerá na próxima sexta-feira (20), quando será abordado o tema “Turbeculose”. Os outros ocorrerão nos dias 27 deste mês e 4 e 11 de julho.