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09/06/2014 às 10h48min - Atualizada em 09/06/2014 às 10h48min

Ataque em aeroporto no Paquistão deixa 28 mortos

O ataque ao Aeroporto Internacional Jinnah começou pouco antes da meia-noite e prosseguiu até o amanhecer

Da AFP - noticias@band.com.br
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O exército do Paquistão declarou, nesta segunda-feira, o fim do ataque de rebeldes talibãs contra o aeroporto de Karachi, maior cidade do Paquistão, que deixou 28 mortos, incluindo 10 suspeitos, e que ameaça o processo de paz.

"O ataque acabou, eliminamos todos os criminosos", disse o porta-voz da unidade paramilitar do exército, Sibtain Rizvi. As forças de segurança exibiram aos jornalistas armas e mantimentos que supostamente pertenciam aos terroristas.

O ataque ao Aeroporto Internacional Jinnah começou pouco antes da meia-noite e prosseguiu até o amanhecer, quando o exército anunciou a morte de 10 terroristas, que invadiram duas áreas do local com coletes de explosivos, granadas e lança-foguetes. Após a declaração inicial, um novo tiroteio foi ouvido no aeroporto, o que obrigou as forças de segurança a retomar a operação.

O TTP (Movimento dos Talibãs do Paquistão) reivindicou o ataque como represália pela morte de seu líder, Hakimullah Mehsud, em novembro do ano passado, em um ataque de drone (avião teleguiado) americano nas zonas tribais do noroeste do Paquistão.

O ataque provoca dúvidas sobre como os insurgentes conseguiram entrar no aeroporto de uma das maiores cidades do mundo e, em geral, sobre a segurança no país.

Fontes ligadas à investigação afirmaram que os criminosos entraram por duas áreas diferentes do aeroporto às 23H00 de domingo: o terminal utilizado para a peregrinação à Meca e uma área de engenharia próxima a um antigo terminal em desuso.

Pelo menos três grandes explosões foram registradas quando os terroristas detonaram suas cargas. Os insurgentes, alguns de uniforme, travaram uma batalha contras as força de segurança do aeroporto, que foram apoiadas pela polícia, por unidades paramilitares e grupos de elite. Uma intensa fumaça foi observada na região do aeroporto.

Uma fonte do serviço de inteligência afirmou que os talibãs pretendiam sequestrar um avião comercial, mas não conseguiram e decidiram abrir fogo contra tudo que estava a seu alcance.

O porta-voz do TTP, Shahidulah Shahid, rejeitou a oferta do governo para um diálogo e prometeu mais ataques. "O Paquistão utilizou as conversações de paz como uma arma de guerra", disse à AFP. "Ainda temos que vingar as centenas de mulheres e crianças que morreram nos ataques aéreos contra as zonas tribais", completou.


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