A greve dos metroviários é um movimento político, na opinião do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB). Em entrevista exclusiva ao Café com Jornal, Alckmin disse que irá pedir, à Justiça, a abusividade da greve. “Ela não tem, inclusive, representatividade entre os metroviários. Você vai ver a quantidade de pessoas que não são metroviários na assembleia [que decidiu pela greve]”.
O governador disse que está sendo feito todo o esforço para o fim da greve. “O que não pode ter é essa intransigência. Vamos entrar com todas as medidas judiciais. E acredito muito no Poder Judiciário”.
Alckmin diz que greve é abusiva:
Oferta
O governador disse que a proposta da administração estadual é de um aumento total que varia entre 10,3% e 13%, considerando outros benefícios como vale-refeição, creche, vale-alimentação. Apenas na questão salarial, o crescimento seria de 8,7%. "Já fizemos 'n' propostas. Aí tinha que chegar a dois dígitos. Nós já fizemos tudo o que poderia ser feito".
Sobre a possibilidade de se fazer catraca livre para os usuários, Alckmin disse que "o governo não tem essa liberalidade". "Iam fazer a greve do mesmo jeito. Na própria assembleia [dos metroviários], isso foi recusado. Essa greve estava marcada para acontecer, causar esse desgaste".
Para o governador, greve é política:
Plano
A operação emergencial que colocou em operação parte das três linhas que estavam paradas foi pensada durante toda a madrugada, relatou o governador. "A madrugada inteira se procurou fazer isso. Inclusive nessas linhas que estão parcialmente são com supervisores. Está todo mundo trabalhando a madrugada inteira nessa questão".
As linhas do Metrô que estavam paradas começaram a operar parcialmente por volta das 6h28. A linha 1-Azul circula apenas entre as estações Ana Rosa e Luz. A 2-Verde, entre Ana Rosa e Clínicas. Já a 3-Vermelha, entre Bresser e Santa Cecília.
Governador relatou medidas que irá tomar sobre a greve:
Governador diz que não se pode fazer catraca livre:
Usuários reclamam da greve do Metrô:
Reflexos
O paulistano enfrenta reflexos em razão desta paralisação. Ônibus muito cheios e filas no Terminal Parque Dom Pedro, que interliga linhas de ônibus das zonas leste e sul da cidade.
A SPTrans acionou o sistema Paese e reforçou a frota de ônibus na zona leste para minimizar os transtornos com a greve. Segundo a empresa, as linhas que operam com destino às estações serão estendidas. Além disso, três linhas especiais foram criadas para atender aos passageiros vindos da linha 3-Vermelha, na Zona Leste.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informa que o rodízio de veículos está suspenso nesta quinta-feira em razão da greve dos metroviários.
Passageira do Metrô relata dificuldades: