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06/01/2014 às 11h46min - Atualizada em 06/01/2014 às 11h46min

Governo federal oferece ajuda ao Maranhão

Vagas foram oferecidas em presídios federais para os líderes das facções

Da Redação - noticias@band.com.br
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O Ministério da Justiça informou neste domingo, dia 5, que ofereceu auxílio ao governo do Maranhão para combater a onda de violência no estado. Foram oferecidas vagas em presídios federais para os líderes das facções criminosas que estão no complexo penitenciário de Pedrinhas, segundo informou o governo federal.

Caso o governo do Maranhão aceite a ajuda do governo federal, a governadora Roseana Sarney deverá apontar quais os presos que serão transferidos para outros locais.

Ataques a ônibus

Na noite de sexta-feira, dia 3, quatro episódios envolvendo ataques a ônibus coletivo foram registrados na capital São Luís (MA). um dos atos ocorreu no bairro João Paulo, onde cinco homens interceptaram o veículo, mandaram os passageiros descer e atearam fogo. As ações ocorreram também na Vila Sarney e em Ilhinha, além de uma tentativa no Jardim América.

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) informou no sábado, dia 4, que oito suspeitos dos atos de vandalismo foram presos após uma operação conjunta das polícias Civil e Militar. Todos os envolvidos foram apresentados neste domingo, dia 5, na sede da secretaria.

Os incêndios nos ônibus deixaram quatro pessoas internadas em estado grave com queimaduras. Entre os feridos estão uma criança de um ano e outra de seis anos, que sofreu queimaduras em 90% do corpo.

Crise no sistema prisional

O sistema prisional do Maranhão é alvo de uma crise que veio à tona em outubro, após rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, o maior do estado. No local, somente este ano, duas mortes foram registradas.

Os mortos foram Josivaldo Pinheiro Lindoso, de 35 anos, encontrado em uma cela com sinais de estrangulamento; e Sildener Pinheiro Martins, de 19 anos, vítima de golpes de chuço, um objeto artesanal com ponta de ferro, durante briga de integrantes de uma facção criminosa. No ano passado, 60 pessoas morreram no interior do presídio, sendo três decapitadas, segundo relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O documento aponta uma série de irregularidades e violações de direitos humanos no local, como superlotação de celas, forte atuação de facções criminosas cuja marca é a "extrema violência" e abuso sexual praticado contra companheiras dos presos sem posto de comando nos pavilhões. Atualmente, há 2.196 detentos no complexo penitenciário, que tem capacidade para 1.770 pessoas.


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