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18/04/2017 às 15h56min - Atualizada em 18/04/2017 às 15h56min

Defesa de Dilma pede análise de entrevista com Temer como prova contra impeachment.

Em entrevista à Band, presidente contou que Eduardo Cunha aceitou o pedido de afastamento após PT fechar questão sobre cassação

Por noticias@band.com.br
Foto:Divulgação | BAND

A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff apresentou nesta segunda-feira (17) petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que se analise e inclua no mandado de segurança contra o impeachment da petista a entrevista que o presidente Michel Temer concedeu à TV Bandeirantes no último sábado (15). 

 

“As palavras do atual Presidente da República tornam ainda mais evidente e irrefutável o reconhecimento do desvio de poder ou desvio de finalidade que marcou a instauração e o desenvolvimento do processo de impeachment promovido em desfavor da impetrante”, afirma o advogado José Eduardo Cardozo na petição. 

 

“Não há que se imaginar, pelas próprias circunstâncias, que o Sr. Michel Temer tenha in casu faltado com a verdade. Ele foi diretamente beneficiado pela destituição da Sra. Presidenta da República, e deu estas declarações, em entrevista concedida voluntariamente a uma emissora nacional de televisão”, acrescenta. 

 

Encontros com empresários eram rotineiros, diz Temer à Band

 

Na entrevista, Temer relembra uma conversa mantida com o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na época alvo de um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara.

 

Em dezembro de 2015, a bancada do PT na Câmara decidiu fechar questão contra Cunha no conselho, se posicionando a favor da continuidade do processo de cassação do peemedebista. Cunha decidiu então aceitar o pedido de impeachment contra Dilma, feito pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal. O peemedebista disse à época que a aceitação do pedido tinha "natureza técnica".

 

"Eu vejo o noticiário, dizendo que o presidente do PT e os três membros do PT se insurgiram e votariam contra (Cunha). Quando foi 15h da tarde, ele (Cunha) me ligou e disse: 'Tudo aquilo que eu disse (de arquivar os pedidos de impeachment de Dilma) não vale, porque agora vou chamar a imprensa e vou dar início ao processo de impedimento'", relatou Temer.

 

Temer afirma que impeachment foi uma retaliação de Cunha

 

Por 11 a 9, o Conselho de Ética acabou aprovando um relatório que pedia a continuidade do processo contra Cunha. Para Temer, se o PT tivesse votado a favor de Cunha, "era muito provável que a senhora presidente continuasse" no cargo.

 

Indagado por um repórter se a história teria sido outra se Cunha tivesse conseguido os três votos do PT no conselho, Temer respondeu: "Seria outra, é verdade".

 

Durante a entrevista, o presidente disse que contou o episódio para revelar que Cunha não iniciou o processo de impedimento de Dilma por sua causa. "Eu jamais militei pra derrubar a senhora presidente da República", enfatizou Temer.

 

Resposta de Cunha

 

Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba, reagiu à entrevista de Temer com uma carta enviada à Band. Ele rebateu as afirmações e disse que o presidente concordou com o andamento do impeachment. Veja a leitura da carta por Ricardo Boechat: 

 

 

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