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28/09/2016 às 15h46min - Atualizada em 28/09/2016 às 15h46min

SUS anuncia novo medicamento para tratamento do HIV

Medicamento considerado pela pasta como “inovador” começará a ser distribuído em 2017

Da Agência Brasil noticias@band.com.br
Medicamento será distribuído para cerca de cem mil pacientes que vivem com HIV no Brasil Divulgação

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira a oferta do antirretroviral Dolutegravir para cerca de cem mil pacientes que vivem com HIV no Brasil. A previsão da pasta é que o medicamento comece a ser distribuído na rede pública em 2017.

 

Inicialmente, o Dolutegravir será ofertado no SUS (Sistema Único de Saúde) a todos os pacientes que estão começando o tratamento e também a pacientes que apresentam resistência a antirretrovirais mais antigos.

 

De acordo com o ministério, o medicamento será incluído ao novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Manejo da Infecção do HIV, que deve ser atualizado ainda este ano.

 

Mudança

 

Atualmente, o esquema de tratamento das pessoas que vivem com HIV, na fase inicial, é composto pelos medicamentos Tenofovir, Lamivudina e Efavirenz, conhecido como três em um. A partir de 2017, o Dolutegravir associado ao dois em um (Tenofovir e Lamivudina) será indicado no lugar do Efavirenz.

 

Segundo a coordenadora do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken, o Dolutegravir apresenta um nível muito baixo de efeitos adversos, aspecto considerado bastante importante para a adesão e o sucesso do tratamento contra o HIV.

"O acesso a medicamentos que trazem qualidade de vida faz com que as pessoas passem a utilizar a terapia antirretroviral e a viverem mais", explicou.

 

Economia 

 

A pasta informou ainda que, a partir de uma negociação com a indústria farmacêutica, o governo brasileiro conseguiu reduzir em 70% o preço do Dolutegravir - de US$ 5,10 para US$ 1,50. Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a incorporação da droga não altera o orçamento atual do ministério.

 

"Estamos fazendo o melhor tratamento do mundo com o menor custo", avaliou Barros. "Nós ousamos. Temos clareza de que é possível fazer muito mais com os recursos que temos", completou.

 

Unaids

 

A diretora do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids) no Brasil, Georgiana Braga, avaliou a incorporação como um momento histórico para os brasileiros que vivem com o vírus.

 

"É uma resposta à sociedade e uma inovação", disse. "E a negociação de preços vai beneficiar outros países da região e do mundo para que também possam oferecer o medicamento no sistema público deles", concluiu.

 

Panorama

 

Desde o começo da epidemia, o Brasil registrou 798.366 casos de aids, no período de 1980 a junho de 2015. No período de 2010 a 2014, o Brasil registrou 40,6 mil novos casos ao ano, em média.

 

Em relação à mortalidade, houve uma redução de 10,9% nos últimos anos, passando de 6,4 óbitos por ano por 100 mil habitantes em 2003 para 5,7 em 2014.


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