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04/12/2014 às 17h49min - Atualizada em 04/12/2014 às 17h49min

Futuro do Internacional passa pelas urnas

Metro Jornal apresenta os pensamentos de Marcelo Medeiros e Vitorio Piffero, os dois candidatos à presidência do Inter

Valter Junior, do Metro Jornal Porto Alegre esportes@band.com.br

No dia 13, os sócios colorados decidirão quem presidirá o Internacional pelos próximos dois anos. Pela Chapa 1, a situação, concorre o atual vice de futebol, Marcelo Medeiros. Pela Chapa 2, Vitorio Piffero, presidente entre 2007 e 2010, quer voltar ao comando do clube.

 

Mais do que adversários, os dois dirigentes possuem pensamentos diferentes sobre a maneira como o clube deve ser gerido, embora ambos ressaltem a atenção total que será dada ao futebol e às conquistas de títulos. Mas as maneiras de se chegar ao objetivo comum soam bem diferentes quando explanadas. 

 

Metro Jornal ouviu os dois candidatos a presidente e apresenta os principais pontos das entrevistas nos textos abaixo. 

 

Os associados colorados também irão às urnas para renovar parte do conselho deliberativo. Além das duas chapas que concorrem no segundo turno da disputa presidencial, a Chapa 3 (Tô com Siegmann), a 4 (Nosso Clube Sem Barreiras) e a 5 (Inove Inter) disputam cadeiras.

 

‘Precisamos investir. Não é dinheiro, é foco’

Marcelo Medeiros

Marcelo Medeiros

Medeiros diz que Inter está pronto para dar o próximo passo. Foto: Gabriela Di Bella/Metro

 

Há dois anos vivendo o Inter como vice de futebol de domingo a domingo, Marcelo Medeiros acredita que o clube está próximo de voltar a ter grandes conquistas. O dirigente assegura ter a capacidade para dar continuidade ao que vem sendo feito e, paralelamente, oxigenar o cenário político colorado. 

 

“Esses dois anos me dão uma grande experiência. Não vejo no grupo do meu adversário, além do Vitorio, alguém com essa experiência de dois anos à frente do futebol. Queremos dar uma continuidade ao que foi feito. Dentro do processo de sucessão sou uma cara nova baseada em ideias e projetos”, reflete Medeiros, filho, neto e sobrinho de dirigentes colorados, o que o fez viver a intimidade do clube desde criança. 

 

Após ter assumido o comando do futebol em um ano no qual o Beira-Rio esteve fechado, o candidato sente que o Inter está crescendo e, no seu ponto de vista, próximo de alcançar seus objetivos. “Nos dois momentos mais vitoriosos da história (década de 1970 e anos 2000) houve um processo de amadurecimento e qualificação. E esse é o passo que temos confiança de estarmos próximos a dar”, analisa. 

 

Com a folha salarial do elenco na casa dos R$ 8,5 milhões, Medeiros prefere não falar em números a não ser quando cita os três reforços com condições de ser titulares que pretende fazer. Com a vivência dos últimos dois anos, suas atenções estão em canalizar esforços para o futebol. 

 

“O principal neste momento é futebol. Precisamos investir no futebol. Não é dinheiro, é foco. O Inter passou quatro anos plantando para estar nesse momento”, ressalta. “Quando se fala nesses valores (de folha salarial citados por Piffero), faz com que o próximo negócio saia 50% mais caro para o Inter. A estratégia está errada”, observa.

 

Sobre a polêmica relacionada à reforma do Beira-Rio, Medeiros é rápido para defender a postura do presidente Giovanni Luigi, que levou ao conselho deliberativo e conseguiu a aprovação da parceria como modelo de reforma. 

 

“O que o Giovanni fez pelo patrimônio do clube está para nascer outro”, assegura.

 

‘Não se pode querer ser superavitário’

Vitorio Piffero

Vitorio Piffero

Piffero quer investir cerca de 60% das receitas no departamento de futebol. Foto: Gabriela Di Bella/Metro

 

Sentado no escritório de um dos seus apoiadores, com vista panorâmica para o Beira-Rio às suas costas, Vitorio Piffero fala com a convicção de quem viveu o Inter por muitos anos e quer voltar a comandar o clube. 

 

Vice de futebol de Fernando Carvalho no começo da década passada, e mandatário colorado na sequência, Piffero não se constrange em falar de seu antecessor e dos quatro anos de sua gestão. E na comparação com a atual, não titubeia ao apontar o que, na sua visão, foi o maior erro de Giovanni Luigi. 

 

“O Giovanni ficou muito isolado”, assegura. “Ninguém dirige o Internacional sozinho. Esse grupo de mais de 200 conselheiros (que o apoiam) dá a certeza de que teremos uma equipe excelente para dirigir o clube. Nos acostumamos a buscar títulos importantes e temos que voltar a conquistá-los. É preciso ter uma unidade entre direção, vestiário e torcida”, explica.

 

Sua receita para voltar a ter conquistas está clara e os números são expressados com a facilidade com que um engenheiro tem para fazer cálculos. E é um pouco na matemática que ele traça o panorama de como seria sua gestão caso eleito. 

 

“Um clube tem que botar no futebol cerca de 60% do que fatura. Se faturar R$ 300 milhões, tem que colocar R$ 180 milhões. Divide por 12 e vai dar 15 milhões por mês”, avalia. E apoiado nos números, Piffero quer ganhar títulos. “Não estamos lá para vender camiseta. Isso é uma decorrência do tamanho do clube. Estamos lá para ganhar títulos. E para ganhar títulos tem que ter jogador e para ter jogador, tem que pagar. Tem que ter número e qualidade. Não se pode querer ser superavitário. O Inter não está lá para ter lucro. Tem que ter receitas e despesas equilibradas e investir o máximo possível no futebol”, complementa. 

 

Outra divergência entre Luigi e Piffero esteve no modo de gestão do Beira-Rio. Quando presidente, Piffero queria reformar o estádio com recursos próprios, Luigi conseguiu, no conselho, criar a parceria. “Nunca vamos saber se seria possível. Eu garanto, seria possível”, afirma. 


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