Foi diagnosticada a primeira pessoa portadora do vírus ebola nos Estados Unidos da América e, segundo o governador do texas, Rick Perry, em uma entrevista na última quarta-feira (1), no HospitalPresbiteriano do texas, cerca de 12 a 18 pessoas que tiveram contato com a pessoa contaminada foram isoladas para evitar possível contaminação de mais pessoas.
Dentre os isolados, cinco ainda frequentam a escola. "As crianças, em idade escolar, estão sendo monitoradas em casa para detectar qualquer sinal da doença. Sei que todos [especialmente pais] estão extremamente preocupados com isso, mas eu quero garantir que as crianças estão identificadas e lembrar que a doença não é transmitida antes de qualquer sintoma", explicou Perry em uma entrevista coletiva transmitida pelas televisões americanas.
Os boatos de contaminação se expalharam pelas redes sociais e o chefe do Departamento de Saúde do Texas, David Lakey, em entrevista, contemporizou e pediu calma à população americana.
"Eu também quero lembrar a todos que esta não é a África Ocidental. Este hospital [onde o paciente está internado] é muito sofisticado. E a dinâmica aqui é muito diferente da que se vê na África Ocidental, as chances [de contaminação] aqui são muito pequenas", afirmou.
Um dos médicos do Hospital Presbiteriano de Dallas, Edward Goodman, também se pronunciou. Com o intuiutode acalmar os profissionais da saúde afirmou que "Quando o paciente chegou aqui na última sexta-feira, ele não estava vomitando ou com diarreia, e, portanto, não havia exposições. Então, eu realmente acho improvável que qualquer trabalhador da saúde tenha sido exposto ao vírus", disse. Análises feitas com funcionários do hospital não identificaram a presença do ebola.
O diretor do Centrode Prevenção e Controle de Doenças (CDC), Thomas Frieden, disse especialistas do CDC estão em Dalas para avaliar precisamente quantas pessoas podem ter sido contaminadas pelo vírus e isso inclui até as pessoas que tiveram contato com ele mesmo antes da internação dele.
“Temos uma equipe de sete pessoas em Dallas ajudando a analisar isso com a família para ter certeza de que identificaremos qualquer um que possa ter tido contato com ele”, disse o médico.
