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13/03/2014 às 20h33min - Atualizada em 13/03/2014 às 20h33min

Morre o ator Paulo Goulart, aos 81 anos

Atos sofria por complicações de um câncer

Jorge Mamede
TV Fuxico

Uma notícia triste para o mundo da dramaturgia. Morreu nesta quinta-feira (13), o ator Paulo Goulart.

Aos 81 anos, ele estava internado em São Paulo, onde tratava de um câncer nos rins.

A notícia foi dada a O Fuxico pelo ator Bemvindo Sequeira.

"Com tristeza na alma informo que o Brasil perde Mestre das Artes Cênicas: Paulo Goulart. Triste, muito triste. Para Nicete e Família o nosso abraço", disse Bemvindo.

Paulo era casado com a atriz Nicette Bruno com quem teve três filhos: Beth Goulart, Paulo Goulart Filho e Bárbara Bruno.

Trajetória

Paulo Afonso Miessa era o nome completo do ator Paulo Goulart. Ele nascer em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

Anter de seguir a carreira de ator, Paulo estudou química industrial. No início da carreira, fez alguns testes para ser ator e começou como rádio-ator, em radionovelas, com a direção de Oduvaldo Viana. Seu primeiro trabalho em TV foi ao lado de Mazzaropi, no papel de Boca Mole. Logo deixou a Rádio e TV Tupi, indo para a TV Paulista.
No teatro, conheceu sua companheira, Nicete Bruno, com a qual se casou em 1954.

No cinema, ele estreou também em 1954, na comédia “Destino em apuros”, de Ernesto Remani. Antes de estrear na TV Globo (1969), Paulo Goulart morou no Paraná onde trabalhou com TV e Teatro, e passou também pela TV Excelsior.  Na globo, seu primeiro personagem foi em A Cabana do Pai Tomás, com texto adaptadodo livro de Harriet Beecher.

Daí por diante, esteve com personagens de sucesso, geralmente vilões, como Altair de O Dono do Mundo (1991), Donato no remake de Mulheres de Areia (1993), o Farina de Esperança (2002), Heriberto em Duas Caras (2007). Também esteve no elenco de América (2005), Éramos Seis (1977), As Pupilas do Senhor Reitor (1994), Zazá (1997), Ti-Ti-Ti (2010) e Morde & Assopra (2011), entre tantas outras novelas de sucesso, além das minisséries Auto da Compadecida (1999), Aquarela do Brasil (2000), Um só coração (2004), JK (2006) e Amazônia: de Galvez a Chico Mendes (2007).

Lançou  os livros 7 Vidas (auto-ajuda), Grandes Pratos e Pequenas Histórias de Amor (Culinária) e Vôo da Borboleta.

Era avô das também atrizes Vanessa Goulart e Clarissa Mayoral.

No cinema, em 2010, esteve no filme Nosso Lar, inspirado na mais importante obra do médium mineiro Chico Xavier, na obra que levanta questões sobre o trabalho justo e dignificante e também a Lei de Causa e Efeito a que todos os espíritos, segundo o espiritismo, estariam submetidos. Paulo, que seguia a doutrina espírita junto à sua família, contou na época, em entrevista coletiva, que esse trabalho o fez ver que estava contribuindo para divulgar a doutrina de maneira especial, usando a arte.

Uma de suas frases marcantes foi "O importante para mim é ser útil, ao próximo, dentro do meu ofício”.

O ator sofreu um câncer de mediastino, diagnosticado em 2012 e tratado até início de 2013. Ele estava internado no Hospital São José, em São Paulo, agora por conta de um câncer de rim.


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