O preço do tomate, que sofreu aumento de 150% nos últimos 12 meses, deve cair a partir de abril, segundo o economista André Braz, da FGV (Fundação Getúlio Vargas). "O pico de preço foi em janeiro. A perspectiva é de queda do preço do produto nos próximos meses."
De acordo com Braz, por causa de outros fatores, como o aumento do custo da mão de obra e do diesel, o consumidor ainda vai encontrar o produto com preços elevados, mas perceberá uma queda em relação aos registrados entre janeiro e março. "A alta em janeiro, fevereiro e março é natural por que tem o período de entressafra de vários produtos, mas a do tomate é marcante."
O economista destacou que em 2010 e 2011 o produtor não teve um bom retorno com o tomate e o reflexo foi a redução da área plantada, que contribuiu para a elevação do preço no início de 2013. "A redução da área plantada foi notada especialmente em 2012, que teve a área inferior à de 2011", completou.
Na avaliação de André Braz, este foi um fenômeno nacional. "Praticamente todas as cidades sofreram com a falta do produto. No Nordeste a alta ficou em 30%, na mesma dimensão de 2011", explicou.