BandQuando chegou ao Flamengo, em 2005, vindo de Portugal, Léo Moura era tido como um jogador com “prazo de validade” e dificuldades de se fixar em um clube. Neste fim de 2013, porém, o lateral-direito completa oito anos de Gávea como um dos jogadores mais vencedores da história rubro-negra e bem próximo de entrar para o top 10 de atletas com o maior número de jogos com o “manto”. Léo já tem 460, em 11º lugar – seis a menos que Zinho, outro que ganhou “tudo” com o Fla.
Desde que foi apresentado no clube, Léo Moura faturou o que muito time não ganhou em uma década. Foram quatro Cariocas, um Brasileiro e duas Copas do Brasil – a última delas agora sobre o Atlético-PR, e o primeiro como capitão.
“É diferente levantar a taça. Mais uma vez eu entro para a história do clube que eu amo e que quero defender para sempre”, disse ele após o jogo. “Estou muito feliz, porque quando muita gente não acreditava na gente o nosso time deu a volta por cima, foi forte e hoje comemora um título importante”, desabafou.
Cria do Botafogo, Léo Moura passou por vários clubes antes de monopolizar a lateral direita do Flamengo. Atuou na Bélgica, Holanda, Palmeiras e São Paulo, além de defender os rivais Fluminense e Vasco, sem nunca experimentar tanto sucesso e idolatria como na Gávea.
Raramente foi peça secundaria de qualquer esquema, seja qual fosse o técnico. Com Joel Santana, era, junto do lateral-esquerdo Juan, a força que empurrava o time. Sob o comando de Andrade, tornou-se um dos homens de confiança, pela experiência e liderança. Papel agora desempenhado com Jayme de Almeida, que voltou a dar confiança ao veterano de 35 anos, completados no último dia 23 de outubro, na vitória de 4 a 0 sobre o Botafogo pela Copa do Brasil. Ganhou parabéns da torcida, deixou o seu (de pênalti) e saiu de campo emocionado.
Pelo Fla, foram 46 gols marcados, marca de respeito para quem não joga dentro da área ou é batedor de faltas.
As marcas, porém, devem aumentar. Com uma Libertadores pela frente e a chance de disputar um Mundial, os únicos títulos que não tem, Léo Moura nem pensa em parar. Paulo Pelaipe, diretor de futebol do clube endossa a vontade: "O Léo vai se aposentar no Flamengo. Ele só sai daqui quando quiser, porque o Flamengo não precisa apenas de jogadores, precisa de homens, e o Léo é um home com H maiúsculo".
